domingo, 10 de março de 2013


Casados com Paris. 
" As pessoas pertencem uma as outras enquanto acreditam. Ele parou de acreditar ."
A história que se passa nos anos de 1920 , traz a perfeita atmosfera de Paris na Belle Époque , com suas tardes chuvosas e seus cafés na Boulevard.
Hadley , narra as desventuras ao lado de Ernest, e a autora consegue mostrar com muita paixão a vida particular de um casal símbolo da Geração Perdida. Eles se conhecem em Chicago, Hadley com 28 e Ernest com 21, ele tentando timidamente começar um carreira de escritor depois de sobreviver a Guerra, e ela sem nenhuma perspectiva após a morte de sua mãe. A paixão por eles é tão intensa, que flui pelas páginas do livro e você se pega , ao virar de uma página para outra, querendo viver um amor assim. Eles se casão e depois de algum tempo vão morar em Paris, fazendo as mais interessantes viagens e conhecendo pessoas que eu quis realmente poder ter conhecido também. A delicadeza e a intensidade descrevem a vida de ambos , a vontade de Ernest em se afirmar como escritor e a dedicação de Hadley em apoia-lo mesmo quando se vê privada da comodidade de um bom lar ou de qualquer luxo. O ponto chave do livro é a personalidade que a autora consegue embutir em Hadley , ela nunca fez parte de Paris , ela não se encaixava, mas tem algo nela que faziam todos ama-la , ela é uma pessoa particular e você se sente amiga dela, quando ela se está sozinha e perdida nas páginas da sua vida, quando Ernest sai para escrever e não volta cedo, nas brigas com a personalidade instável do marido , e como você sempre se posiciona ao lado dela em qualquer situação. Quando ele começa a fazer sucesso , pelo qual eles tanto lutaram, a vida deles começa a ruir  , e eu fiquei indignada, frustrada, e deixei minhas lágrimas se confundirem com as da personagem. 

"E mesmo que não admitisse para mim. ele sabia que estava sofrendo por que ele ,e magoava muito com aquele caso. Saber que ele sofria dava pena. É assim que o amor nos enreda. Eu não podia deixar de ama-lo e não podia silenciar os sentimentos que me faziam querer cuidar dele - mas também não era obrigada a correr em resposta ás suas cartas. Eu também estava ferida e ninguém corria para mim. "

É aquele tipo de livro que quando você termina você fica olhando pro nada tentando absorver o fim da história, e com medo de que o próximo livro que você vá ler não seja tão emocionante.


Coelho Branco (:

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